domingo, 18 de agosto de 2013

Análise: Holy Wars... (Megadeth)

Após a análise das canções sobre o tema "Holocausto Nuclear", passaremos agora para as músicas que tratam do tema "Novas Ameaças" com foco principal nos grupos terroristas/fundamentalistas.  Segundo vários estudiosos, a fim da Guerra Fria tornou um mundo um lugar ainda mais violento, visto que os conflitos se espalharam pelo planeta, e principalmente nos países do extinto bloco socialista a venda de armamento a esses grupos terroristas se deu de maneira ampla e descontrolada.

Iniciaremos esse tópico analisando a canção "Holy Wars" do Megadeth.




Holy Wars...
Megadeth – Álbum: Rust in Peace (1990)

Brother will kill brother
Spilling blood across the land
Killing for religion
Something I don't understand

Fools like me, who cross the sea
And come to foreign lands
Ask the sheep, for their beliefs
Do you kill on God's command?

A country that's divided
Surely will not stand
My past erased, no more disgrace
No foolish naive stand

The end is near, it's crystal clear
Part of the master plan
Don't look now to Israel
It might be your homelands

Holy Wars!

Upon my podium, as the know it all scholar
Down in my seat of judgement
Gavel's bang, uphold the law
Up on my soapbox, a leader
Out to change the world
Down in my pulpit as the holier
Than-thou-could-be-messenger of God

(Tradução) Guerras Santas...

Irmão matará irmão
Derramando sangue pela terra
Matando em nome da religião
Algo que eu não entendo

Tolos como eu, que cruzam o mar
E chegam á terras estrangeiras
Pergunte ao rebanho, por suas crenças
Vocês matam em nome de Deus?

Um país que é dividido
Certamente não resistirá
Meu passado se apagou, chega de desgraça
Não resta nenhum tolo

O fim está próximo, é evidente
Faz parte do plano mestre
Não olhe agora para Israel
Ela poderia ser sua terra natal

Guerras Santas!

Sobre o meu palanque, enquanto o Sábio estadista
Senta no banco do meu julgamento
A batida do martelo, apóia a lei
Em minha saboneteira, um líder
Determinado a mudar o mundo
Aqui em meu púlpito enquanto uma pessoa
Mais santa que você, pode ser o mensageiro de Deus
________________________________________
Análise:

Os conflitos e guerras são movidos por diversos motivos, mas um em especial foi amplamente abordado pelas bandas de Thrash: a guerra religiosa. A região do Oriente Médio, a dissolução da Ioguslávia, e o conflito entre católicos e protestantes na Irlanda são exemplos. É sob este prisma que o Megadeth compõe “Holy Wars”, certamente um clássico definitivo da banda, e também da história do Thrash Metal.

Em  tempo, a canção chama-se “Holy Wars... the punishment due”, e na verdade são duas músicas diferentes que compartilham a mesma melodia. mas o que interessa para a análise é a primeira parte. A segunda parte, segundo Dave Mustaine, fala sobre o herói dos quadrinhos “The Punisher” (o Justiceiro).

Utilizando citações do autor da canção, a música foi criada primeiramente devido ao conflito entre católicos e protestantes na Irlanda. Dave Mustaine certa vez em turnê por aquele pais, viu que havia material da banda vendido sem licença e ouviu do vendedor que era para “causa” do IRA, e segui-se uma pequena síntese  dos conflitos de católicos contra protestantes. O próprio Dave Mustaine tem ascendência irlandesa, e acabou sendo banido da Irlanda por uma década por uma confusão causada em um show em 1988, quando disse que não entendia como uma religião poderia criticar a outra. Esse incidente o teria inspirado a escrever “Holy Wars”.

Junte a isso uma crescente onda de ataques terroristas no oriente médio, as Guerras entre Irã e Iraque, bem como a dissolução do bloco soviético que gera um armamento descontrolado dos países fundamentalistas, ajudaram Mustaine na composição. Citação do próprio autor, diz que não entende como pessoas como Muamar Khadafi (que foi presidente da Líbia entre setembro de 1969 até ser morto pela revolução em agosto de 2011) ou o Aiatolá Khomeine (Líder religioso e político do Irã, entre dezembro de 1979 até ser morto pela revolução em 03 de outubro de 1989) não ligam para seu povo e os jogam numa suposta guerra por motivos religiosos, quando querem apenas se perpetuar no poder a qualquer custo.

Logo a primeira estrofe da canção traz toda a essência da ideia contida nela: “Brother will kill brother / Spilling blood across the land / Killing for religion / Something I don't understand”. Segundo o compositor, a letra não fala de nenhum conflito em especial, mas da inconcebível noção de guerra religiosa, uma vez que as religiões deveriam trazer paz ao espírito humano, e não fazê-los se matarem. Esta frase inicial remete ao acontecido com o próprio Mustaine no episódio da Irlanda em 1988. E continua uma referência pessoal na passagem "Fools like me, who cross the sea / And come to foreign lands", certamente falando sobre a imigração de sua família para os EUA, mas ainda assim acabam sendo atingidos pelo conflito religioso de uma maneira ou de outra. Isso, certamente, se estende a outros imigrantes das mais diversas etnias.

Nas linhas “A country that's divided /Surely will not stand” podemos visualizar muito claramente a situação de diversos países envoltos em guerras religiosas, como os já citados anteriormente.  E embora haja uma referência literal à Israel no trecho “Don't look now to Israel /It might be your homelands”, o contexto da música dá a entender que está falando sobre o berço de todas as religiões monoteístas, e que estão constantemente em guerras à séculos.

Essa ideia se mostra correta quando atentamos que o nome da canção está no plural, pois também são plurais as religiões e seus conflitos históricos. Há uma crítica muito clara aos governos teocráticos, quaisquer que sejam, usando a religião para fazer política, evidenciada na passagem “Down in my pulpit as the holier /Than-thou-could-be-messenger of God”, pois esses líderes discursam em nome de Deus, mas governam em proveito próprio.

Analisando os parâmetros melódicos, podemos dizer, sem medo de errar, que “Holy Wars” figura entre os chamados “hinos” do Thrash Metal. Os riffs iniciais da canção, onde as guitarras de Dave Mustaine e Marty Friedman entram limpas e ao mesmo tempo nervosas, se tornaram quase sinônimo do Metal praticado naqueles anos. Tanto que a introdução da música foi utilizada pela Rede Globo para as chamadas do Rock in Rio II em 1991, onde se apresentou o Megadeth.

A velocidade apoteótica é quebrada pela guitarra acústica, quando a segunda parte, já mais cadenciada, se inicia para Mustaine declamar a ultima estrofe, como quem realmente faz um discurso.

A massa sonora produzida pela banda, bem como as quebras de andamento, e os riffs poderosos, aliados a partes melódicas que levam o ouvinte a experimentar a tensão da guerra, a raiva e o êxtase, tornam essa canção uma das mais técnicas e representativas do Megadeth.

Um documento que ainda hoje reverbera para a audiência, tendo visto que os conflitos religiosos, com o acirramento de ânimos por todos os lados, ainda fazem milhões de vítimas ao redor do planeta.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS



CHRISTIE, Ian. Heavy Metal: a história completa. São Paulo: Editora Arx, 2010.

 HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: O Breve Século XX (1914-1991). São Paulo; Companhia das Letras, 1995.

 MEYER, Michael. 1989: o ano que mudou o mundo: a verdadeira história da queda do Muro de Berlim. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2009.

 NAPOLITANO, Marcos. A História depois do papel. In PINSKY, Carla Bassanezi (org.) Fontes Históricas. 2ª Edição, São Paulo: Contexto, 2010.

______. História e Música: História cultural da música popular. 3ª Ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2005.


 <www.megadethbrasil.com >. Acesso em: 06 jun 2010

domingo, 4 de agosto de 2013

Apêndice: Holocausto Nuclear (Parte 2)



 (Dando continuidade à postagem anterior)
________________________________________

NUCLEAR ASSAULT – álbum Game Over (1986)

Nuclear War
War has come
To your home
Now it lies destroyed
Nuclear war, the final war
The end of all man's dreams
No one wins
In this game
Both sides have lost
Who has won
When all are dead
Except for the machines

Looking at the future
There's no much to see
Your homeland lies under
Radioctive debris

Millions dead
More on the way
What is worth this cost
For your god
And country
You'd destroy the world
It is madness
To believe
That you can survive
Take my word
You'd rather not
It's better just to die

Looking at the future
There's no much to see
Your homeland lies under
Radioctive debris

Guerra Nuclear
A guerra chegou
Até seu lar
Agora jaz destruído
Guerra nuclear, a guerra final
O fim do sonho de todos os homens
Ninguém vence
Nesse jogo
Ambos os lados perdem
Quem venceu
Quando todos estão mortos
Menos as máquinas

Olhando para o futuro
Não há muito o que se ver
Sua terra natal jaz sob
Destroços radiotativos

Milhões mortos
Mais a caminho
O que vale esse preço
Pelo seu Deus
E país
Você destruiu o Mundo!
É loucura
Acreditar
Que você pode sobreviver
Ouça minha palavra
Você não vai querer
É melhor logo morrer

Olhando para o futuro
Não há muito o que se ver
Sua terra natal jaz sob
Destroços radiotativos


Nada poderia ser mais direto que isso: A banda Nuclear Assault (que significa: Ataque Nuclear) escreveu uma música chamada “Nuclear War” (Guerra Nuclear).

Aqui não há espaços para sutilezas, e a temos uma letra que fala abertamente sobre o tema que pretende abordar. Fala ao ouvinte sobre a Guerra, sobre a destruição da humanidade, e sobre os efeitos das ondas radioativas nos seres humanos. Tomam emprestadas muitas das representações cinematográficas, como em “O Exterminador do Futuro” (1985) e de Histórias em Quadrinhos como “Wachtman” e “Batman, Cavaleiro das Trevas” (ambos de 1986)

________________________________________

KREATOR – EP Flag of Hate (1986)

Awakening Of The Gods
Was it a vision or was it a dream
The trust of the mankind has never been real
Gods of pleasure gods of pain
Gods of terror of life and of hate
Mortality is endless when gods start to pray

Life becomes worthless by nuclear death
The're watching from above it could happen every daywatching their terror and
care in no way
No one can imagine where you will be
Where you have been before your birth you will see
Planned and controlled is your life in every way
Watched and controlled on every single day

See their eyes filled with lies
Watch the slaughter endless night
Can make your scream can make you cry
You know you're helpless till the end of time
Awakening of the gods

Burning ambitions your lusts and your wills
Your plans of life goals and your thrills
Days of laughter days of crime your living to your fate on foretold time
Nothin' has worth nothing is real nothing is important no way you
Feel this can't be the only life it could begin when you die


See their eyes...

Manipulated by human feelings
You're passing through this life searching for the meaning of all
But that's something you will never find
Accept all what happens to you
Be prepared for torture and pain you know there ain't nothing
You can do only death will close the reign

You've seen the good sides but you've also seen the bad
Damned to mortality damned is your life for death
Created for a mystery why is this your fate
Only the future will show
Or maybe you will never know

Despertar dos Deuses
Foi uma visão ou foi um sonho
A confiança da humanidade nunca foi tão real
Deuses do prazer deuses da dor
Deuses do terror de vida e de ódio
Mortalidade é interminável quando os deuses começarem a rezar
A vida se torna inútil pela morte nuclear
Eles estão assistindo de cima podia acontecer todos os dias assistindo seu terror e
sem se importar com nada
Ninguém pode imaginar o que você será
Quem você foi antes de seu nascimento você verá
Planejada e controlada é a sua vida em todos os sentidos
Monitorado e controlado em todos os dias

Veja os olhos cheios com mentiras
Assista ao abate interminável está noite
Posso fazer você gritar posso fazer você chorar
Você sabe que você está desarmado até o fim do tempo
Despertar dos deuses

Queimando suas ambições, luxúrias e seus testamentos
Seus planos de vida e de seus objetivos emocional
Os dias de riso, dias de crime a sua vida sua sorte no prognóstico de tempo
Nada vale nada é real nada é importante no seu caminho

Sinta não poder ser a única vida que pode começar quando você morrer

Ver os seus olhos ...

Manipulado por sentimentos humanos
Você está passando por esta vida buscando o significado de todas
Mas isso é algo que você nunca irá encontrar
Aceitar tudo o que acontece com você
Esteja preparado para a tortura e dor você sabe, não existe nada
Você pode fazer apenas a morte fechar o reinado

Você já viu os lados bons, mas também assistiu ao mau
Fudido na mortalidade fudido é a sua vida por morte
Criado por um mistério porque é esse o seu destino
Só o futuro mostrará
Ou talvez você nunca saberá


Aqui estamos falando do Kreator novamente, de uma canção que eu gostaria muito de ter usado no meu trabalho, mas (como já disse anteriormente) não se encaixava no meu recorte estudado.

Essa música foi lançada em 1986, e não figura (oficialmente) em nenhum álbum da banda. Foi lançada num EP (Extended Play) chamado “Flag of Hate”. Este EP, que conta com três músicas, foi lançado entre o primeiro álbum, Endless Pain (1985), e o segundo álbum, Pleasure to Kill (1986).

Entretanto, a canção “Awakening of the Gods” é praticamente obrigatória nos shows da banda, e é um dos maiores clássicos da história dos germânicos.

A canção é tem um tom apocalíptico, e faz uso de muitas figuras de linguagem, abordando o tema sob um prisma quase sobrenatural. A letra equipara os líderes mundiais, e seus arsenais nucleares, a deuses capazes de julgar e punir a humanidade de acordo com suas vontades. A linha “Life becomes worthless by nuclear death” nos confirma que estamos lidando com a questão do holocausto nuclear.

Sobre a impotência do homem comum diante do poder militar, o refrão revela toda força contida na canção: “See their eyes filled with lies / Watch the slaughter endless night /Can make your scream can make you cry /You know you're helpless till the end of time / Awakening of the gods”. Ou seja, não somos nada diante da vontade daqueles que detém os meios de destruição. Somos apenas homens, diante de “deuses”.

________________________________________

MEGADETH – álbum Youthanasia (1994)

Black Curtains
Hey, look around you
Everything's helter-skelter
Listen up, I warn you
Run for cover, run
Bang, it happened
Time's up, armageddon
Fire, meltdown
The sky is crumbling in

Black curtains, never ending
Black curtains

Escape, you're joking
Can't find no place to run
Hair is burning
My flesh is bubbling up
Blood is boiling
Taste copper on my tongue
Fate is coming
Welcome it with a smile

Black curtains, never ending
Black curtains fall
Black curtains, never ending
Black curtains

Something's under my skin
Something's very strange
Playing with my mind
Tempting me to do you in

Am I dreaming? My heart pounds my chest
Held for ransom in a spider's web
Suffocating, no one hears my calls
Never ending, till the black curtain falls

Snakes, surround me
Offering their death kiss to me
Down, I'm drowning
How long, I hold my breath
Dogs are chasing
My legs are paralyzed
Pray, don't find me
My life is fading fast

Black curtains, never ending
Black curtains fall
Black curtains, never ending
Black curtains

Cortinas Pretas
Ei... dê uma olhada ao seu redor
Tudo está desordenado
Escute... estou te alertando
Corra por abrigo, corra
Bang... aconteceu
O tempo acabou, armageddon
Fogo... derretimento
O céu está desabando

Cortinas pretas... infinitas
Cortinas pretas

Fuja... você está de gozação
Não consegue encontrar nenhum lugar para fugir
O cabelo... está queimando
Minha carne está borbulhando
Sangue... está fervendo
O gosto de cobre em minha língua
O destino... está chegando
Saúdo-o com um sorriso

Cortinas pretas... infinitas, caem
Cortinas pretas
Cortinas pretas... infinitas, caem
Cortinas pretas

Algo está sob minha pele
Algo está muito estranho
Jogando com minha mente
Atrai-me fazê-lo em você

Estou sonhando? Meu coração bate no meu peito
Guardados para resgate em uma teia de aranha
Sufocante, ninguém ouve minhas chamadas
Nunca acaba, até que a cortina negra cai

Cobras, me cercam
Oferecendo a sua morte beije-me
Para baixo, eu estou me afogando
Quanto tempo, eu mantenho minha respiração
Os cães estão caçando
Minhas pernas estão paralisados
Por favor, não encontra-me
Minha vida está desaparecendo

Cortinas pretas... infinitas, caem
Cortinas pretas
Cortinas pretas... infinitas, caem
Cortinas pretas


Finalizando este apêndice, vamos trabalhar outra banda que fez parte do trabalho original: Megadeth.

Deixei essa música para o final porque ela me parece a mais deslocada, cronologicamente, com o contexto do terror do Holocausto Nuclear. A música foi lançada em 1994, três anos após o fim da URSS, e por conseqüência, sem a tensão da Guerra Fria.

É possível, como acontece muitas vezes, que a canção tenha ficado “esquecida” por anos, e somente naquele momento pode ser gravada. Isso aconteceu com as canções “Set the World Afire” e “Rust In Peace”, que Dave Mustaine gravou muito depois de escrever a letra.

Independentemente de qualquer coisa, a canção parece muito mais com um “pesadelo” do autor, tal como um trauma não resolvido, que esta sempre assombrando a sua mente. E realmente, Mustaine tinha uma “paranóia” com a questão do holocausto nuclear, o que pode justificar mais outra música sobre o tema, num momento tão distante. 

Neste caso, a canção não serve exatamente como um documento que nos fala sobre o período analisado, mas é uma representação da memória, com todos os filtros pessoais implícitos nela. Isso fica mais evidente quando analisamos que a letra é toda escrita em primeira pessoa do singular, falando sobre sentimentos, alucinações e experiências que “eu poético” expõe ao ouvinte.

________________________________________


Referências Bibliográficas:


CHRISTIE, Ian. Heavy Metal: a história completa. São Paulo: Editora Arx, 2010.

HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: O Breve Século XX (1914-1991). São Paulo; Companhia das Letras, 1995.

KRAKHECKE, Carlos André. A Guerra Fria da década de 1980 nas Histórias em Quadrinhos Batman – O Cavaleiro das Trevas e Watchmen. Revista eletrônica História, imagem e narrativa. disponível em: <www.historiaimagem.com.br >. Acesso em: 23 mai. 2010.

MEYER, Michael. 1989: o ano que mudou o mundo: a verdadeira história da queda do Muro de Berlim. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2009.

NAPOLITANO, Marcos. A História depois do papel. In PINSKY, Carla Bassanezi (org.) Fontes Históricas. 2ª Edição, São Paulo: Contexto, 2010.

______. História e Música: História cultural da música popular. 3ª Ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2005